Maior computador da América Latina pode ser desligado no RJ
Supercomputador em Petrópolis processa mais de 100 pesquisas envolvendo doenças como Zika, Alzheimer e Câncer.
O maior computador da América Latina, o supercomputador Santos Dumont, que fica em Petrópolis, na Região Serrana do Rio, pode ser desligado por falta de dinheiro a partir de outubro, segundo informou o diretor do Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC), Augusto Gadelha. O Máquina processa mais de 100 pesquisas envolvendo doenças como Zika, Alzheimer e Câncer.
De acordo com o diretor, o Governo Federal cortou 44% do orçamento da instituição por causa da crise financeira. Gadelha revela que o LNCC deveria receber R$ 16 milhões neste ano, mas com o corte de dinheiro vai receber apenas R$ 9 milhões. Ele disse ainda que só os gastos para manter o supercomputador são de R$ 6 milhões ao ano.
Ainda sobre os gastos, Gadelha explicou que a conta de luz do LNCC custa R$ 400 mil por mês. Desse valor R$ 280 mil corresponde a utilização do supercomputador e os outros R$ 120 mil ao restante da estrutura do laboratório.
Inaugurado em janeiro de 2016, o equipamento custou R$ 60 milhões ao Ministério da Ciência e Tecnologia. O responsável pelo LNCC explicou que é como se 10 mil notebooks de última geração estivessem ligados ao mesmo tempo. A máquina processa dados de pesquisas importantes de todo país e é usado 24 horas por dia. Atualmente, ele processa cerca de 100 pesquisas envolvendo doenças como Zika, Alzheimer e Câncer.
Atualmente, 350 pessoas trabalham para a instituição, sendo 75 pesquisadores e professores, 110 alunos, 100 terceirizados, além de prestadores de serviços, estagiários e bolsistas.
Por meio de nota, o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) disse que reconhece o papel da pesquisa e do investimento em ciência e tecnologia para o desenvolvimento do país e acrescentou que trabalha pela recuperação do orçamento total de R$ 16,144 milhões previstos para o LNCC esse ano.
O órgão disse ainda que está dando prioridade a seus institutos (16 unidades de pesquisa e as seis organizações sociais) e que acompanha criteriosamente as atividades dos institutos de pesquisa de maneira a evitar que impactos significativos venham a ser observados.
FONTE: http://g1.globo.com