Yik Yak, polêmico ‘aplicativo do bullying’, tenta conquistar o Brasil
Os brasileiros amam as redes sociais. Nós somos os campeões em acesso, com mais de 650 horas por mês em tempo gasto com elas, de acordo com uma pesquisa da comScore.
De olho nesses números é que cada vez mais as redes escolhem o Brasil para experimentar seus serviços. O Yik Yak, que chegou recentemente ao país e tenta trazer uma proposta diferente, está entre as milhares de redes que que tentam conquistar nossos corações com interface em português.
A rede social, que mistura Twitter, Reddit e geolocalização, foi criada nos Estados Unidos em 2013 e já se envolveu em algumas polêmicas. Por lá, o aplicativo era usado como ferramenta de cyberbullyng e chegou a ser banido em mais de 1,3 mil escolas. No entanto, graças a algumas modificações, a empresa garante que esse passado foi deixado para trás.
Como funciona
Imagine o Yik Yak como um fórum onde as pessoas podem discutir o que está acontecendo em um determinado lugar — escola, clube e etc. O aplicativo utiliza a geolocalização e apenas os usuários que estão próximos conseguem visualizar os posts, que contam com um limite de 200 caracteres.
Com isso, é possível criar pequenas comunidades online para saber o que está acontecendo em um bairro, evento, escola ou faculdade, clube ou parque além, é claro, de fazer novas amizades que estão por perto.
Entenda a polêmica …
O que fez o aplicativo se tornar popular e atrair polêmicas tão grandes quanto o seu alcance foi a mistura do limite escolar — que permite fechar um grupo para determinado local e que não está disponível no Brasil — e o anonimato. Com isso, os usuários mal intencionados poderiam não ser identificados e assim disseminar livremente mensagens agressivas difamando funcionários e colegas de classe, ganhando proporções absurdas e prejudicando a vida das vítimas do bullying.
Um dos casos mais emblemáticos de violência online que manchou a reputação do Yik Yak foi o da estudante Elizabeth Long, de 17 anos. A jovem sofreu por parte de colegas da escola diversas intimidações anônimas na rede social, após tentar suicídio. Após o caso, Elizabeth criou uma petição com o objetivo de banir a rede social das lojas de aplicativos. No total foram mais de 80 mil assinaturas.
Com a repercussão, a estudante conseguiu uma reunião com os criadores do aplicativo da rede social, que prometeram uma série de mudanças para prevenir este tipo de comportamento.
Modificações
Após a enxurrada de críticas, sendo inclusive chamado de aplicativo oficial do cyberbullyng, o Yik Yak sofreu em 2015 uma série de modificações. A rede social ainda não proíbe o anonimato, como o Facebook, mas implementou mudanças para prevenir a disseminação do discurso de ódio.
FONTE: www.techtudo.com.br